Alunos de arquitetura desenvolvem projetos para moradias precárias

Acordo de cooperação técnica entre Codhab e cursos universitários contribui para a capacitação de estudantes e o atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade habitacional.

Alunos do curso de arquitetura e urbanismo de universidades de Brasília estão ajudando a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF) no atendimento a famílias em situação de vulnerabilidade habitacional. Por meio desta ação, 50 estudantes desenvolvem, sem custos, projetos arquitetônicos de reforma e ampliação de habitações de interesse social, para acolher as necessidades das pessoas selecionadas pela Codhab.

A Codhab firmou acordo de cooperação técnica (ACT) com os cursos de arquitetura em abril deste ano, uma iniciativa vinculada ao subprograma Melhorias Habitacionais, que ocorre em conformidade com o Na Medida, um dos eixos do Programa Habita Brasília (PHB), do Governo do Distrito Federal (GDF).

A Codhab tem realizado este trabalho, por meio da Diretoria de Assistência Técnica (Diate), em regiões administrativas como Sol Nascente, Estrutural e São Sebastião. Mais de 500 famílias foram atendidas até o momento.

De acordo com a lei federal nº 11.888/2008, recepcionada pela lei distrital nº 5.485/15, a ação do GDF assegura assistência técnica pública e gratuita para projetos, reformas e construções de habitações de interesse social às famílias de baixa renda na capital.

Moradias precárias são reformadas por meio do subprograma Melhorias Habitacionais, da Codhab

Desde o início deste ano, a iniciativa do GDF conta com o apoio dos alunos de arquitetura do Centro Universitário Iesb e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da  Universidade de Brasília, que colaboram de forma voluntária, por meio de um projeto de extensão.

Os núcleos familiares atendidos pelo Melhorias Habitacionais possuem o beneficiário ou pelo menos um dos membros como pessoa com deficiência (PcD), idoso ou mulher chefe de família, que necessitam adaptação ou reforma da moradia que esteja em situação de insegurança ou insalubridade habitacional.

“O projeto contribui, especialmente, para a formação profissional desses estudantes, fortalecendo conhecimentos como confecção de projetos de baixo custo, elaboração de orçamentos, execução de projetos do início ao fim, entre outras oportunidades de aprendizagem”Orlando Vinicius Rangel Nunes, professor de Arquitetura do Iesb

A coordenadora do Programa de Assistência Técnica da Diate, Sandra Marinho, destaca que a parceria entre o Estado e instituições de ensino superior é essencial, considerando a alta demanda por atendimento pela Codhab, possibilitando elevar o número de atendimentos realizados anualmente. Segundo ela, esta política habitacional respeita a cidade, os vínculos locais e mostra aos futuros profissionais o seu papel social.

Etapas do processo

Primeiramente, a Codhab realiza a capacitação dos estudantes que recebem as demandas do projeto, conforme seleção das famílias previamente cadastradas e acompanhadas pelos assistentes sociais da companhia. Depois, visitam essas famílias e vivem a imersão comunitária in loco.

A fase seguinte é de elaboração do projeto para conseguir, dentro das normas preestabelecidas, transformar os pedidos dos moradores em realidade e apresentá-los aos donos da casa, que decidem se aprovam as futuras intervenções. Assim como Leni Conceição de Souza, moradora de Brazlândia, que recebeu, pelas mãos dos estudantes do Iesb, a proposta de como será a sua nova casa.

“Minha filha ficou sabendo do projeto e me inscreveu. O processo foi rápido e hoje já estamos recebendo as novas ideias. Está nota 10”, disse Leni, que mora com o filho.

O professor de Arquitetura Orlando Vinicius Rangel Nunes, responsável por acompanhar o projeto de extensão no Iesb, reforça a importância da parceria para a sociedade e os alunos, que recebem capacitações específicas da Codhab para atuarem nessas comunidades.

“O projeto favorece a sensibilização de alunos e professores quanto à temática da habitação de interesse social. Contribui, especialmente, para a formação profissional desses estudantes, fortalecendo conhecimentos como confecção de projetos de baixo custo, elaboração de orçamentos, execução de projetos do início ao fim, entre outras oportunidades de aprendizagem”, completa o professor.

Fonte: Agência Brasília

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