Câmara envia duro recado ao governo e barra urgência do IOF por 346 a 97 votos

A Câmara dos Deputados rejeitou nesta segunda-feira (16 de junho de 2025) o requerimento de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/2025 — que permite a tramitação imediata de proposta para revogar o decreto do governo que elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A derrota por 346 votos favoráveis contra apenas 97 contrários sinaliza um claro recado ao Palácio do Planalto.

Os partidos União Brasil, PP, PSD e PDT, que têm ministérios, votaram a favor da urgência; na imagem, o presidente da Câmara, Hugo Motta…

🧭 Contexto político

  • A iniciativa partiu do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após forte desgaste da base aliada com o pacote tributário do governo, que incluía elevações no IOF e novos tributos sobre investimentos.
  • O resultado representa uma derrota para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), cujo decreto buscava gerar entre R$ 6 e 7 bilhões em 2025 para melhorar o equilíbrio fiscal.
  • Apesar de o PT e partidos como PV, PSB e PSOL terem votado contra a urgência, seis legendas com ministérios — União Brasil, PP, PSD, Republicanos, MDB, PDT — bancaram a iniciativa, com 65% de seus deputados apoiando a urgência.

🧩 Desdobramentos imediatos

  • A tramitação acelerada fica mantida — a proposta pode ser submetida ao plenário a qualquer momento.
  • Motta pactuou com a liderança governista para que o mérito só seja votado após o recesso informal do Congresso, previsto para as festas juninas.
  • O Planalto ganha cerca de duas semanas (até o fim de junho, quando Haddad retorna das férias) para tentar costurar um acordo e barrar a medida.

💡 Impactos e alternativas

  • A urgência, por si só, não revoga o decreto, mas prepara o terreno para votação definitiva — o que representaria retorno à alíquota anterior do IOF.
  • Para compensar a perda da arrecadação, estão em pauta opções como contingenciamento de emendas parlamentares e uso de reservas de dividendos da Petrobras, Banco do Brasil ou BNDES.
  • A derrota na Câmara reforça o desgaste político do governo e pressiona o Executivo a rever sua estratégia fiscal.

🗓️ O que vem a seguir

EtapaPrevisão
Recesso informalFestividades juninas
Articulação do governoAté final de junho
Votação do méritoApós urgência – data ainda a definir
Alternativas fiscaisMobilização de emendas e reservas

A vitória da urgência do PDL na Câmara cristaliza a insatisfação do Legislativo com a política tributária do governo, dando ao Congresso carta branca para pautar a revogação do aumento do IOF. Agora, cabe ao Executivo se articular para evitar que a derrota se transforme em revés fiscal.

About Danillo Luiz

Fotógrafo, Cineasta e Repórter.

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