Ministério da Saúde lança Plano de Vacinação nas Fronteiras

Evento realizado na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru marca o início da estratégia para ampliar as coberturas vacinais em 33 municípios brasileiros.

Para fortalecer as ações de imunização nas regiões de fronteira e melhorar o acesso da população desses municípios aos serviços de vacinação, o Ministério da Saúde lançou neste sábado (7), na cidade de Tabatinga, Amazonas, o “Plano de Ação: Estratégia de Vacinação nas Fronteiras de 2022”. Durante o evento, que ocorreu no porto da cidade, próximo à tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, houve ação de imunização para atualizar a caderneta de vacinação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou do evento de lançamento do Plano que marca o início da estratégia para ampliar as coberturas vacinais em 33 cidades gêmeas brasileiras localizadas em 10 estados: Acre (4 municípios), Amapá (1), Amazonas (1), Mato Grosso (1), Mato Grosso do Sul (7), Paraná (4), Rio Grande do Sul (11), Rondônia (1), Roraima (2) e Santa Catarina (1). A meta do Ministério da Saúde é atualizar a situação vacinal da população residente nesses municípios.

De forma estratégica, serão priorizadas as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), pólio, febre amarela, Covid-19 e influenza. Os cinco imunizantes serão utilizados como indicadores de monitoramento e avaliação da estratégia. Os países que fazem fronteira com o Brasil serão convidados a aderir ao Plano, com a inclusão das cidades que fazem fronteiras com os 33 municípios brasileiros selecionados. Por isso, cidades estrangeiras também serão contempladas com a ação.

“O Sistema Único de Saúde foi muito fortalecido. A Atenção Primária em Saúde está presente em todos os municípios, nós temos 48.000 Unidades Básicas de Saúde, 53.000 equipes de Saúde da Família e isso tem feito a diferença. Nós ampliamos a nossa capacidade de vigilância; tínhamos três Laboratórios Centrais no Brasil com capacidade de fazer a vigilância dinâmica de RT-PCR, hoje nós temos 27, em todos os estados e no Distrito Federal, que tem essa capacidade. Aumentamos o número de Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) em quase três vezes: tínhamos 55 e hoje são 164. Isso é fundamental, sobretudo, nessa área aqui, que não é só para proteger o Brasil, mas a Colômbia, o Peru e todas as regiões de fronteira do nosso país”, disse o ministro durante o evento de vacinação em Tabatinga.

O plano de ação segue até o dia 10 de novembro de 2022. O objetivo da pasta é melhorar os índices de cobertura vacinal nessas localidades e com isso evitar novos casos e/ou a reintrodução de doenças imunopreveníveis em território nacional. Dos 33 municípios de fronteira selecionados para ação, apenas 12% atingiram a meta de cobertura vacinal para a pólio e tríplice viral, em 2021, e 6% para a vacina febre amarela.
O Brasil tem 588 municípios localizados na faixa de fronteiras, correspondendo a 16,7% do território brasileiro, destes, 33 municípios estão classificados como cidades gêmeas, por estarem demarcados pela linha de fronteira seca ou fluvial.

Laboratório de Fronteira

Durante ação em Tabatinga, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fará uma visita ao Laboratório de Fronteira (LAFRON), instalado na cidade. O LAFRON é uma unidade que compõem a Rede Nacional de Laboratórios e responde tanto para vigilância epidemiológica e diagnóstico de doenças transmissíveis na região, como na articulação com os países vizinhos.

Em razão da sua importância estratégica para o país, o LAFRON Tabatinga, recebeu nos dois últimos anos investimentos do Governo Federal no valor de cerca de R$ 500 mil para aquisição de equipamentos, insumos e capacitação dos profissionais que atuam no laboratório.

Ainda como forma de fortalecimento da vigilância em saúde nas fronteiras, o Ministério da Saúde incentivou a instalação do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) em Tabatinga, no prédio do LAFRON, uma unidade de inteligência epidemiológica que atua com o objetivo de detectar, monitorar, avaliar, comunicar e responder em tempo oportuno eventos de saúde que possam constituir uma potencial emergência em saúde pública, em nível local, nacional ou internacional.

Além de disponibilizar equipamentos visando a modernização de parque tecnológico permitindo alcançar o resultado de detecção precoce, alerta, monitoramento e resposta à potenciais ameaças a saúde da população no município, estado e no Brasil. O incentivo total chega a R$ 1 milhão entre os anos de 2019 e 2020. Ainda foram disponibilizados, aproximadamente, R$ 132 mil para apoio em recursos humanos.

O investimento permitirá o fortalecimento da vigilância laboratorial e em emergências em saúde pública garantindo detecção, vigilância e resposta oportuna a ameaças à saúde da população brasileira e o compartilhando de informações estratégicas para fortalecer a comunicação entre os países vizinhos para apoio na tomada de decisão.

Fonte: Ministério da Saúde

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