Mulher agredida por homem com carrinho de compras: “Poderia ter morrido”

Imagens mostram o momento em que a vítima aguarda em uma fila, quando o agressor pega um carrinho de compras e arremessa contra ela.

“Este homem poderia, sim, ter ceifado a minha vida em apenas um só ato”, conta a mulher que foi agredida com um carrinho de supermercado em Santo Antônio do Descoberto, Entorno do Distrito Federal. Ainda abalada, ela prefere não se identificar.

De acordo com a vítima, o carrinho acertou sua têmpora, na lateral da cabeça. Ela conta ter perdido a consciência e os movimentos temporariamente. Por isso, precisou ficar em uma cadeira de rodas para receber os primeiros atendimentos médicos. “Graças a Deus, tenho uma boa resistência física e ele não conseguiu causar um traumatismo craniano em mim ou algo pior”, afirma.

Ela conta que estava na fila do supermercado para pagar suas compras e, enquanto isso, mandava um áudio para desmarcar um compromisso. “O homem na minha frente, que aguardava a vez dele de pagar as compras, sem esboçar nenhuma reação brusca, nem proferir nenhuma palavra, caminhou lentamente para o lado e deduzi que ele ia apenas trocar de carrinho”, relembra.

A mulher continua: “N momento em que segui gravando o segundo áudio e dei um passo à frente, de repente, sem que eu entendesse o motivo, ele atingiu a minha cabeça com o carrinho”. O agressor teria passado suas compras no caixa, mas foi impedido de ir embora do mercado pelas testemunhas. A Polícia Militar do Goiás (PMGO) foi acionada e deteve o homem.

Segundo a vítima, uma viatura rapidamente chegou ao supermercado, abordando-o para esclarecer os fatos, enquanto era socorrida pelo SAMU. “Nesse momento, o agressor disse aos policiais que me agrediu e não se arrepende do ato porque eu mereci”, afirma a mulher.

Versão do agressor

Ela ressalta que não dirigiu a palavra ao homem em nenhum momento e que nem chegou a olhá-lo. “Eu nunca tinha visto este homem anteriormente, e não tive nenhum contato verbal com ele antes da agressão. Eu tenho os áudios de prova. Estava apenas seguindo minha vida e meus afazeres, como uma cidadã comum e aconteceu esse atentado”, diz.

De acordo com Guilherme Carvalho Rocha, delegado de Santo Antônio do Descoberto, que investiga o caso, o agressor contou à polícia ter sido chamado de “veado” e outras ofensas de cunho homofóbico. Entretanto, os áudios mostrados pela vítima, que coincidem com o momento da agressão, tratam de outros assuntos.

O homem tem passagem por violência doméstica em 2017. Os detalhes do caso, no entanto, estão em segredo de Justiça.

Fonte: Metrópoles

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