A volta às aulas na rede pública de ensino, nesta segunda-feira (1º/8), contou com 460 mil estudantes distribuídos em 685 escolas. Nos portões dos colégios, alguns pais se mostravam apreensivos com a pandemia de covid-19.
A empresária Cláudia Mincareli, 48 anos, levou as filhas Júlia, 11, e Isabelli, 14, no Centro de Ensino Fundamental (CEF 1) do Cruzeiro. Assim como outros pais de alunos do colégio, a mãe ainda se diz atenta aos cuidados sanitários contra a pandemia da covid-19.
“Minha principal preocupação é com relação às doenças porque as minhas meninas falaram que estavam com medo de voltar por não ter mais tanta proteção, como o uso obrigatório de máscara”, conta. No último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES), divulgado na sexta-feira passada (29/7), o DF registrou um óbito de um idoso de 80 anos ou mais por complicações da doença.
O total de mortes pela doença chegou a 11,8 mil, e mais 481 novos casos do vírus foram registrados. A capital chegou a 830,5 mil diagnósticos positivos. A taxa de transmissão era 0,64, abaixo de 1.
Cláudia diz que, pelo fato de as filhas gostarem de abraçar as colegas e de estarem juntas, sempre as aconselha a manterem distância e não compartilhar objetos. “Principalmente pelo medo de infecção (do vírus), porque a gente orienta como somos orientados pelos profissionais de saúde, e, para mãe, sempre tem uma preocupação a mais”, completa a moradora do Guará 1.
Atualmente, a ex-moradora do Sudoeste Rosângela Placides, 56, vive em Sobradinho, mas ainda leva a filha especial, Melissa, 22, de carro para o CEF 1 do Cruzeiro por confiar na gestão integrada da escola. Apesar de ainda estar atenta à pandemia da covid-19, ela cita que o colégio ameniza a preocupação sanitária com as atividades que envolvem a família e as crianças em vários momentos. “Sempre peço para ela usar a máscara e limpar as mãos”, diz.
No caso de Melissa, que tem síndrome de Down, a turma especial tem atividades com cozinha experimental e horta. “Em 20 de agosto, vai ter festa agostina, em que nós, pais, e os alunos participamos trazendo alimentos. Então, a gente fica sabendo da rotina dos estudantes”, contextualiza a mãe. “Vai ser melhor, porque eu queria rever os colegas”, vibra a filha.
Fonte: Correio Braziliense