A exposição permanente 3 ATOS – Conhecendo a Terra, no Museu de Geociências, da Universidade de Brasília (MGEO/UnB), começou nessa segunda-feira (26/9). Com uma linguagem acessível a todos os públicos, a mostra oferece conhecimento sobre geofísica, geologia e ciências ambientais.
Em cerimônia de inauguração, a coordenadora do MGEO, Paola Barbosa, disse que a exibição tem o propósito de explorar a relação do homem com o espaço que o cerca, a compreensão do tempo como fator relevante na observação científica, além da importância da preservação do patrimônio natural e o reconhecimento da relação entre ciência pura e aplicada.
“O MGEO é uma janela do Instituto de Geociências para a sociedade e nosso objetivo com essa nova exposição é que essa janela se amplie ainda mais. O que temos no MGEO é resultado do esforço contínuo de diversas e diversos professores que nos antecederam no IG. Cada peça exposta hoje contém a história do trabalho científico, acadêmico e extensionista do nosso instituto”, explicou Paola.
A exposição está dividida em três atos, separados cronologicamente e por tema, mas que são conectados entre si de forma dinâmica, interdisciplinar e que traçam um panorama narrativo contínuo da transformação do planeta. O primeiro ato percorre os primórdios de formação da Terra e seus registros em amostras extraterrestres: os meteoritos.
O segundo ato insere a vida no planeta e demonstra a importância da cronoestratigrafia, ou seja, do estudo de camadas rochosas em relação ao tempo. Já o terceiro e último ato aborda os recursos minerais e os registros arqueológicos que demonstram os traços humanos na Terra.
A “Caverna”, peça clássica no MGEO, fecha a exposição com poesia. Cavernas são locais há milênios ocupados por seres humanos e, por isso, registram não só a nossa ocupação, mas a própria evolução do planeta. Ela traz a relação entre presente e passado.
Geóloga formada no Instituto de Geografia e professora do departamento, a reitora da UnB, Márcia Abrahão, expressou felicidade com a inauguração da exposição e falou da importância dos museus científicos.
“É uma honra estar aqui hoje. Sempre que tem uma atividade no IG é certo que estarei aqui”, brincou. “Nós temos trabalhado para cada vez mais termos essa rede de museus em Brasília. É necessária uma política governamental nesse sentido. Na associação de reitores, a Andifes, criamos uma comissão de museus, para tentarmos avançar nos museus científicos, que são de extrema importância”, comemorou Márcia.
Fonte: Metropoles