Em 19 de novembro de 2024, o Ministério da Defesa da Rússia acusou a Ucrânia de lançar um ataque com mísseis fornecidos pelos Estados Unidos contra a região de Belgorod, localizada na fronteira entre os dois países. Segundo autoridades russas, o ataque resultou em danos materiais significativos e deixou pelo menos três civis feridos.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou que as forças ucranianas utilizaram sistemas de mísseis táticos do Exército dos EUA (ATACMS) no ataque. Ele declarou: “Consideramos esta ação uma escalada perigosa e uma violação direta dos acordos internacionais sobre o uso de armamentos fornecidos por terceiros países.”
Em resposta, o governo ucraniano negou as acusações, alegando que suas operações militares são conduzidas exclusivamente dentro de seu território soberano. O porta-voz do Ministério da Defesa da Ucrânia, Andriy Lysenko, afirmou: “Não realizamos ataques em território russo. Nossas forças estão focadas na defesa de nossa integridade territorial contra a agressão russa.”
A situação aumenta as tensões entre Moscou e Kiev, que já estão em conflito desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e a subsequente guerra no leste da Ucrânia. A comunidade internacional expressa preocupação com a possibilidade de uma escalada no conflito, especialmente devido ao envolvimento de armamentos fornecidos por potências ocidentais.
O governo dos Estados Unidos ainda não se pronunciou oficialmente sobre as alegações russas. Analistas internacionais destacam que, se confirmada a utilização de mísseis americanos em ataques contra território russo, isso poderia complicar ainda mais as relações entre Washington e Moscou, além de levantar questões sobre o controle e o uso de armamentos fornecidos a países em conflito.
Enquanto isso, a população civil nas regiões fronteiriças continua a sofrer as consequências das hostilidades, com relatos de deslocamentos forçados e danos a infraestruturas essenciais. Organizações humanitárias alertam para a necessidade urgente de medidas que protejam os civis e evitem uma escalada maior do conflito.