Nesta quinta-feira (15), o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, participou de uma audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal para prestar esclarecimentos sobre as fraudes relacionadas a descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Durante a sessão, houve um embate entre o ministro e o senador Sergio Moro (União-PR), com troca de acusações sobre omissão diante das irregularidades.

Sergio Moro questionou Wolney Queiroz sobre sua atuação como secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, alegando que o ministro teria sido informado sobre as fraudes em 2023 e não tomou providências. Em resposta, Queiroz afirmou que as denúncias iniciais ocorreram em 2020, quando Moro era ministro da Justiça, e questionou se o senador havia adotado alguma medida na época.
O ministro declarou que o Ministério da Previdência Social só teve conhecimento da extensão das fraudes após a deflagração da Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União em abril de 2025. Segundo ele, até então, as informações disponíveis não indicavam a magnitude do esquema, que envolveu descontos indevidos estimados em cerca de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024.
A audiência ocorreu em meio a pressões da oposição, que busca responsabilizar o governo pelas falhas na fiscalização do INSS e discute a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso.