MINHA CAPITAL Notícias, dicas e muito mais – Brasília!
Em resposta a declarações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, a Marinha do Brasil emitiu uma nota oficial negando veementemente que suas tropas estivessem prontas para apoiar um golpe de Estado. A instituição enfatizou que não teve acesso ao conteúdo da delação premiada de Mauro Cid e que não comenta processos investigatórios em andamento no Poder Judiciário.
A Marinha reafirmou seu compromisso com a legislação, valores éticos e transparência, destacando que eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força. A instituição também se colocou à disposição da justiça para contribuir integralmente com as investigações.
Em sua delação, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro se reuniu com a cúpula do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um plano de golpe visando permanecer no poder após as eleições de 2022. Segundo Cid, a cúpula da Marinha teria indicado que as tropas estavam prontas para agir, aguardando apenas uma ordem do presidente. Em contrapartida, o comando do Exército teria rejeitado o plano.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, por meio de seus advogados, negou qualquer envolvimento em planos golpistas, afirmando que jamais tomou atitudes que afrontassem a Constituição ou o Estado Democrático de Direito. A defesa de Bolsonaro também anunciou que adotará medidas judiciais contra manifestações caluniosas que extrapolem o conteúdo da colaboração de Mauro Cid, que corre em segredo de Justiça.
O ministro da Defesa, José Múcio, declarou que, embora houvesse indivíduos indisciplinados dentro das Forças Armadas, as instituições como um todo não apoiaram movimentos golpistas. Múcio enfatizou que Exército, Marinha e Aeronáutica estavam comprometidos com a democracia e a Constituição durante os eventos de 8 de janeiro de 2023.
As investigações sobre a suposta tentativa de golpe continuam em andamento, com as autoridades buscando esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos, sempre respeitando os princípios do Estado Democrático de Direito.
