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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que o aprofundamento das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado é benéfico para aqueles que não têm culpa, destacando que “quanto mais limpo, melhor para quem não tem culpa”. Ele enfatizou que as Forças Armadas não participaram institucionalmente de qualquer plano golpista, ressaltando que “as Forças Armadas não planejaram nada; quem planejou o golpe foram pessoas que usam fardas”.
Múcio também mencionou que, embora indivíduos isolados possam ter se envolvido em ações antidemocráticas, é fundamental distinguir entre as ações pessoais e a postura institucional das Forças Armadas. Ele reforçou que “não é porque é de alta patente que está livre” de investigações e possíveis punições, indicando que todos os envolvidos serão responsabilizados conforme as apurações.
O ministro destacou a importância de identificar os militares envolvidos em reuniões sobre o golpe para que as providências necessárias sejam tomadas, afirmando que “precisamos saber os nomes dos militares que debateram planos golpistas para que, de fato, eles sejam punidos”.
Essas declarações ocorrem em meio a investigações da Polícia Federal que resultaram no indiciamento de 37 pessoas, incluindo 25 militares, por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. Múcio tem reiterado que as Forças Armadas, como instituições, não participaram dessas ações e que é crucial separar a conduta individual de alguns membros da postura institucional das Forças.
Ao longo das investigações, o ministro tem defendido a necessidade de esclarecer os fatos para que as Forças Armadas não operem sob uma “aura de suspeição”, enfatizando que a identificação e punição dos responsáveis são essenciais para manter a credibilidade e a disciplina dentro das instituições militares.
