A relação entre Irã e Israel remonta a um passado de cooperação sigilosa, desconstruída pela Revolução Islâmica de 1979 e aprofundada nas últimas décadas por tensões geopolíticas – culminando, recentemente, em ataques mútuos e convulsão no Oriente Médio

🕊️ Período de aproximação (1948–1979)
- O Ira, sob o Xá Reza Pahlavi, foi em 1950 o segundo país muçulmano a reconhecer Israel, após a Turquia.
- O Irã fornecia até 40% do petróleo consumido pelo país e recebia tecnologia militar, agrícola e apoio na criação do SAVAK, a polícia política do regime
- Projetos militares conjuntos existiam, como o “Project Flower” (1977–1979), para desenvolver sistemas de mísseis
⚙️ Ruptura definitiva com a Revolução Islâmica
- Com o advento da República Islâmica (1979), liderada por aiatolás xiitas, o Irã rompeu laços oficialmente com Israel.
- A ideologia fundamentalista passou a rejeitar o Estado judeu, que se tornou alvo de hostilidade institucional
🔥 Escalada recente de ataques
- Nos últimos dias, Israel lançou ataques a instalações nucleares e militares iranianas, informou o governo israelense, que busca neutralizar o programa de mísseis e laboratórios nucleares do Irã
- A resposta iraniana veio com drones contra alvos em Israel. O Irã classificou as ações israelenses como uma “declaração de guerra”
🌍 Motivações por trás da animosidade
- Desde 1979, Teerã posicionou-se firmemente contra os Estados Unidos e contra a existência de Israel.
- O apoio iraniano a grupos como Hezbollah e Hamas reforça seu papel como o principal adversário israelense na região
❗ Por que a tensão voltou agora?
- Israel intensificou ataques preventivos para desarticular as capacidades nucleares e de mísseis do Irã (como em Natanz), eliminando lideranças militares
- O Irã respondeu com lançamento de drones e mísseis em retaliação, elevando o risco de uma guerra mais ampla
🔍 O que está em jogo
- A saída do Irã do status de aliada discreta para rival declarado transformou o cenário geopolítico.
- Qualquer nova escalada entre Teerã e Tel Aviv traz consequências diretas para a estabilidade regional e os interesses das potências globais.
A vasta história de colaboração estratégica entre Irã e Israel – envolvendo energia e segurança – foi convertida em antagonismo aberto após 1979. Os episódios recentes evidenciam o grau extremo a que as diferenças foram ampliadas, com ataques diretos que desafiam os limites da rivalidade histórica.