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O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (25) que não vê fundamento nos pedidos de suspeição apresentados para afastar ministros dos julgamentos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em conversa com jornalistas, Mendes destacou que tais solicitações não devem prosperar, pois carecem de embasamento jurídico sólido.
Recentemente, a defesa de Bolsonaro protocolou pedidos de suspeição contra os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, membros da Primeira Turma do STF, que analisarão a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) imputando ao ex-presidente crimes como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, a defesa do general Braga Netto solicitou o afastamento do ministro Alexandre de Moraes, alegando parcialidade devido ao fato de Moraes ser um dos alvos mencionados na denúncia.
Gilmar Mendes ressaltou que aceitar tais pedidos poderia abrir precedentes perigosos, permitindo que investigados utilizem ofensas ou ataques como estratégia para afastar magistrados de seus casos. Ele mencionou episódios em que ministros foram alvo de xingamentos, como Luís Roberto Barroso e o próprio Cristiano Zanin, e enfatizou que isso não pode ser motivo para alegar suspeição.
O ministro também destacou a importância de manter a imparcialidade e a integridade do colegiado do STF, evitando que alegações infundadas comprometam o andamento dos processos e a credibilidade da instituição.
