Em seu retorno à presidência como o 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump iniciou seu mandato com uma série de ordens executivas que sinalizam mudanças drásticas em áreas-chave, como imigração, política energética, comércio e políticas sociais. A assinatura das medidas ocorreu logo após a cerimônia de posse, em 20 de janeiro de 2025, marcando o tom de sua administração.
Essas ações executivas buscam reverter políticas do governo anterior, reafirmar prioridades de sua base conservadora e implementar promessas de campanha que destacam sua visão de “América em Primeiro Lugar”.
Foco na Imigração: Emergência Nacional na Fronteira
Uma das primeiras ações de Trump foi a declaração de emergência nacional na fronteira dos Estados Unidos com o México. A medida visa endurecer o controle imigratório, permitindo a execução de deportações em massa de imigrantes em situação irregular e a reinstauração da política “Permaneça no México”. Essa política obriga os solicitantes de asilo a aguardarem o julgamento de seus pedidos fora dos Estados Unidos.
Trump afirmou que essas medidas são cruciais para “proteger a soberania e a segurança nacional”, ecoando um tema central de sua campanha. A decisão foi recebida com aplausos por seus apoiadores, mas críticos apontam para possíveis implicações legais e humanitárias.
Política Comercial: Tarifas Agressivas
Reafirmando sua posição de proteção à economia americana, Trump anunciou planos para impor tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses e até 60% sobre mercadorias importadas da China. Segundo ele, o objetivo é corrigir “desvantagens comerciais” e fortalecer a produção nacional.
Analistas econômicos destacam que tais tarifas podem gerar impactos significativos no comércio global, ao mesmo tempo em que provocam retaliações comerciais por parte dos países afetados. Apesar disso, Trump defende que a estratégia criará empregos e impulsionará indústrias americanas.
Energia: Prioridade aos Combustíveis Fósseis
No campo energético, Trump declarou uma emergência nacional no setor de energia, revogando restrições a projetos de petróleo, gás e carvão implementados por administrações anteriores. Ele também eliminou limites para a exploração de combustíveis fósseis em terras federais.
De acordo com a nova administração, essas medidas têm como objetivo garantir a independência energética dos Estados Unidos e reduzir custos para consumidores e empresas. Críticos, no entanto, alertam para o impacto ambiental das ações e a regressão em compromissos climáticos.
Políticas Sociais: Redefinição de Gênero
Em um movimento controverso, Trump assinou uma ordem executiva redefinindo legalmente o conceito de sexo em documentos e políticas federais, restringindo-o às categorias de “masculino” ou “feminino”. A medida afeta diretamente políticas relacionadas a identidade de gênero e direitos LGBTQIA+, gerando debates intensos.
Defensores da medida afirmam que ela promove a clareza legal, enquanto organizações de direitos humanos acusam o governo de restringir direitos fundamentais e reforçar discriminações.
Reações e Impactos
As ordens executivas assinadas por Trump foram recebidas com entusiasmo por seus apoiadores, que veem as ações como um retorno às promessas de sua administração anterior. Por outro lado, grupos de oposição e líderes democratas manifestaram preocupações com o impacto dessas medidas, tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos.
As decisões também repercutiram internacionalmente, levantando questões sobre a postura dos Estados Unidos em relação ao comércio global, imigração e cooperação climática. Especialistas indicam que as ações de Trump sinalizam um afastamento de tendências progressistas globais em favor de uma abordagem nacionalista e conservadora.
O primeiro dia de Donald Trump no cargo deixou claro que sua administração buscará uma mudança drástica em relação às políticas do governo anterior. Suas ordens executivas refletem prioridades alinhadas a uma agenda conservadora, com foco em segurança, economia e soberania nacional.
Com essas medidas, Trump reforça sua posição de liderança enérgica, enquanto a nação observa de perto os desdobramentos dessas decisões em um cenário político e social profundamente polarizado. Os próximos meses serão cruciais para determinar os efeitos concretos dessas ações em um contexto doméstico e global.