A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) entrou com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido ocorre após Bolsonaro participar de um ato público em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde fez declarações que, segundo a parlamentar, afrontam o Estado democrático de direito.

Acusações Contra Bolsonaro
No evento, Bolsonaro discursou para uma multidão e, de acordo com seus críticos, utilizou a ocasião para atacar instituições e reforçar discursos antidemocráticos. A deputada argumenta que as falas do ex-presidente podem ser interpretadas como incentivo a ações golpistas, o que justificaria a necessidade de sua prisão preventiva.
A solicitação ao MPF se baseia em investigações em andamento que envolvem Bolsonaro, incluindo suspeitas sobre sua participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Para Luciene Cavalcante, a manutenção da liberdade do ex-presidente representa um risco à democracia e às investigações em curso.
Repercussão e Possíveis Desdobramentos
O pedido da deputada gerou reações no meio político. Aliados de Bolsonaro classificaram a ação como uma tentativa de perseguição política, enquanto parlamentares da oposição defenderam que o MPF deve analisar com rigor as declarações feitas pelo ex-presidente no evento.
Especialistas jurídicos destacam que um pedido de prisão preventiva deve estar fundamentado na necessidade de evitar obstrução da Justiça, riscos à ordem pública ou possibilidade de fuga. Cabe agora ao MPF avaliar se há elementos suficientes para dar andamento ao requerimento.
Enquanto isso, Bolsonaro segue mobilizando sua base política e se apresentando como um líder da oposição ao governo Lula. O ato em Copacabana demonstrou que o ex-presidente ainda possui forte apoio popular, o que pode influenciar os desdobramentos desse e de outros processos que ele enfrenta na Justiça.