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A Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro, marcou um momento significativo para o Brasil ao trazer à pauta global a luta contra a fome e a pobreza. Liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a iniciativa brasileira enfrentou resistência inicial do presidente argentino Javier Milei, mas acabou sendo aprovada por unanimidade na declaração final. Esse desfecho reflete tanto o peso político do Brasil no cenário internacional quanto a necessidade urgente de abordar questões sociais e econômicas de maneira conjunta.
A declaração final do G20 destacou três pilares principais, centrados na erradicação da fome, no desenvolvimento sustentável e na reforma das instituições globais. Esses tópicos foram alinhados às diretrizes propostas pelo Brasil e incorporados ao documento com apoio integral dos países-membros, após intensa negociação.
O primeiro ponto, inclusão social e combate à fome e pobreza, busca implementar políticas públicas capazes de reduzir desigualdades sociais em larga escala. A proposta brasileira inclui esforços para garantir segurança alimentar, acesso a serviços básicos e programas de transferência de renda em países em desenvolvimento. Lula reforçou que a erradicação da fome é uma responsabilidade coletiva, afirmando: “Não podemos aceitar que mais de 700 milhões de pessoas ainda passem fome no mundo.”
Outro destaque foi o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a transição energética. Nesse aspecto, os países-membros se comprometeram a adotar ações concretas contra as mudanças climáticas, incluindo a ampliação de fontes de energia renovável e a redução de emissões de carbono. O Brasil, por sua vez, utilizou sua posição de liderança para enfatizar a importância da preservação da Amazônia como contribuição ao combate global às mudanças climáticas.
Por fim, o documento aborda a necessidade de uma reforma nas instituições de governança global, como a ONU e o FMI, para torná-las mais inclusivas e representativas. Essa proposta reflete a visão brasileira de que países em desenvolvimento devem ter maior voz nas decisões que impactam suas economias e populações.
O apoio do presidente argentino, Javier Milei, foi essencial para a aprovação unânime da declaração. Inicialmente, Milei se mostrou resistente a incluir tópicos sobre desigualdade e segurança alimentar, alegando prioridades distintas para seu governo. Contudo, após diálogos com Lula e outros líderes, o presidente argentino recuou e aceitou apoiar a iniciativa, destacando a importância de esforços conjuntos para enfrentar os desafios globais.
A aprovação da declaração final do G20 com a inclusão da proposta brasileira representa um marco significativo para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Mais do que consolidar a liderança do Brasil em questões globais, a medida reforça a urgência de ações coordenadas para combater a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável. Apesar das negociações desafiadoras, o resultado reflete o compromisso das maiores economias do mundo em enfrentar problemas globais de forma colaborativa. Essa conquista fortalece a posição do Brasil como um ator relevante em pautas sociais e ambientais, ao mesmo tempo que desafia a comunidade internacional a traduzir esses compromissos em ações concretas nos próximos anos.
