Em um episódio que eleva a tensão no Oriente Médio, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que uma usina nuclear iraniana foi alvo de um ataque, atribuído a Israel. Apesar da gravidade do ato, o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, assegurou que não houve danos diretos aos reatores da instalação, localizada na província de Isfahan.

O incidente, ocorrido em meio a uma escalada de hostilidades entre as duas nações, representa uma violação do princípio de que instalações atômicas não devem ser alvos militares. Grossi fez um apelo veemente por “extrema contenção” de todas as partes, ressaltando o perigoso precedente que tais ações podem criar.
O Ataque e a Reação Iraniana
O ataque, segundo relatos, envolveu o uso de drones e foi uma aparente retaliação ao massivo bombardeio iraniano com mísseis e drones contra o território israelense dias antes. Autoridades de Teerã minimizaram o impacto da ofensiva, afirmando que seus sistemas de defesa aérea neutralizaram a ameaça com sucesso e que as instalações estratégicas na região de Isfahan, um centro vital do programa nuclear iraniano, permaneceram seguras.
Fontes da mídia local iraniana informaram sobre a ativação das defesas na área para interceptar os artefatos aéreos. Israel, seguindo sua política de ambiguidade estratégica, não comentou oficialmente a operação.
Contexto e Repercussão Global
A ação militar ocorre em um dos momentos mais frágeis da diplomacia na região. O ataque israelense foi uma resposta direta à ofensiva sem precedentes do Irã, que, por sua vez, foi uma retaliação a um bombardeio ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, que resultou na morte de comandantes da Guarda Revolucionária.
A comunidade internacional reagiu com grande apreensão. Líderes globais e organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas, pediram uma desescalada imediata para evitar um conflito regional de consequências catastróficas. A Rússia, aliada do Irã, alertou para o risco de um desastre com potencial similar ao de Chernobyl caso a usina nuclear de Bushehr, que conta com tecnologia russa, fosse atingida.
A AIEA continua monitorando a situação de perto, enquanto o mundo observa com expectativa os próximos movimentos de Irã e Israel, esperando que a diplomacia prevaleça sobre a força.