O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, é alvo das apurações por ter usado o transporte para ir a um leilão de cavalos.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, é alvo de uma investigação da Comissão de Ética da Presidência da República por ter usado o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a um leilão de cavalos de raça em São Paulo. Os membros da comissão decidiram abrir a investigação na última terça-feira (28) e vão apurar se houve desvio de finalidade no uso da aeronave. A viagem teria ocorrido em 26 de janeiro.
Apesar de ter participado do evento particular com o uso do transporte da FAB, o ministro alegou que, durante a viagem, cumpriu com agendas oficiais. Juscelino chegou a receber diárias pela viagem, mas devolveu os repasses aos cofres públicos após o caso ser revelado.
Em comunicado emitido no início de março, o ministério informou que “o ministro usufruiu, sim, do seu direito de praticar atividades de foro particular em São Paulo”, alegou a pasta. “É inaceitável aventar qualquer prática ilegal, tampouco imoral da autoridade pública ao desfrutar do seu período de folga para participar de qualquer compromisso”, completou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já informou que caso seja confirmada a irregularidade, o ministro pode ter que deixar o cargo.
Joias de Bolsonaro
Além da investigação envolvendo Juscelino Filho, a Comissão de Ética vai investigar o caso das joias trazidas ao Brasil pela comitiva do governo de Jair Bolsonaro, que tentou trazer ilegalmente para o país um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões.
As joias eram um presente do regime saudita ao então presidente e à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos. Estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro Bento Albuquerque, que viajou para o Oriente Médio em outubro de 2021.
Estão entre os investigados o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, além de Marcos André Soeiro, ex-assessor do ministro que trouxe as joias da Arábia Saudita e foi barrado pela Receita Federal ao desembarcar no aeroporto.
Fonte: R7 DF