Anderson Torres Indiciado por Envolvimento em Tentativa de Golpe de Estado
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, está entre as 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Atuação nos Núcleos de Desinformação e Jurídico
De acordo com o relatório da PF, Torres teria participado de dois núcleos principais:
- Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral: Responsável pela produção e disseminação de notícias falsas sobre a integridade das urnas eletrônicas, visando desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.
- Núcleo Jurídico: Encarregado da elaboração de documentos que propunham medidas inconstitucionais para reverter o resultado das eleições, incluindo minutas que sugeriam a decretação de estado de defesa para interferir no processo eleitoral.
Minuta do Golpe
Em janeiro de 2023, durante uma operação de busca e apreensão na residência de Torres, a PF encontrou uma minuta de decreto que determinava a decretação de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de anular o resultado das eleições presidenciais.
Defesa de Anderson Torres
Em depoimento à PF, Torres afirmou que a minuta era um documento “descartável” e “sem viabilidade jurídica”, negando conhece-la.
Próximos Passos
O relatório da PF foi encaminhado ao STF, que decidirá sobre a abertura de ação penal contra os indiciados. Caso a denúncia seja aceita, Torres e os demais responderão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Este caso ressalta a gravidade das tentativas de subverter a ordem democrática e a importância da atuação das instituições brasileiras na preservação do Estado de Direito.