O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira, 20 de maio de 2025, o julgamento de 12 acusados de integrar um núcleo operacional envolvido na tentativa de golpe de Estado em 2022. Este grupo, o mais numeroso entre os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), é composto por 11 militares do Exército, tanto da ativa quanto da reserva, e um agente da Polícia Federal.

De acordo com a denúncia da PGR, os acusados teriam formado uma organização criminosa com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. As ações atribuídas ao grupo incluem o monitoramento de autoridades públicas, a execução de medidas para neutralizá-las e a pressão sobre o alto comando das Forças Armadas para aderir ao plano golpista.
O julgamento está sendo conduzido pela 1ª Turma do STF, que analisará se há indícios suficientes para aceitar a denúncia e transformar os investigados em réus. Caso a denúncia seja recebida, será iniciada uma ação penal contra os acusados, que responderão por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
Este processo é parte das investigações mais amplas sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, que já resultaram em outras ações judiciais e operações da Polícia Federal, como a Operação Contragolpe. As investigações revelaram a existência de diversos núcleos envolvidos no planejamento e execução do golpe, incluindo setores militares e civis.
O julgamento atual representa um passo significativo na responsabilização dos envolvidos na tentativa de subversão da ordem democrática no Brasil.