Suspeito de Matar Policial Casado com Juíza é Preso no Rio em Operação que Deixa Cinco Mortos

Um dos suspeitos pelo assassinato do policial civil João Pedro Marquini, marido da juíza Tula Mello, foi preso na noite desta terça-feira (15) em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca foi encontrado escondido no apartamento da mãe, após uma operação da Polícia Civil na comunidade dos Tabajaras que resultou em cinco mortos e quatro presos 27. O crime, ocorrido em 30 de março, chocou pela violência e pelo perfil da vítima, integrante da tropa de elite da Core, a Coordenadoria de Recursos Especiais.

A operação que levou à prisão de Antônio Augusto foi deflagrada após investigações ligarem o grupo do Tabajaras, controlado pelo Comando Vermelho (CV), ao assassinato de Marquini. Durante a ação, policiais da Core e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) enfrentaram resistência armada na comunidade, resultando na morte de cinco homens, incluindo Vinícius Kleber Di Carlantoni Martins, conhecido como “Cheio de Ódio”, apontado como chefe do tráfico local.

Detalhes do Esquema Criminoso

  • Conexão com o Crime: Investigadores identificaram que o veículo usado no ataque a Marquini — um Tiggo 7 — pertencia a “Cheio de Ódio” e havia sido utilizado em um ataque anterior na favela de Antares, zona oeste. A ordem para a ação partiu de traficantes do Tabajaras, que buscavam expandir domínio na região 38.
  • Fuga e Captura: Após o assassinato, os criminosos fugiram para a comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena, também controlada pelo CV. Antônio Augusto, porém, refugiou-se em Copacabana, onde foi localizado após denúncias.

Contexto do Assassinato
Marquini foi morto ao retornar de Campo Grande com a esposa, a juíza Tula Mello, quando criminosos bloquearam a via na Serra da Grota Funda. Ele saiu do carro armado, mas foi surpreendido por cinco tiros, incluindo um que atingiu a aorta. A juíza, que seguia em um veículo blindado, escapou ilesa.

Perfil da Vítima
Com 11 anos de serviço na Core, Marquini era especializado em operações de alto risco e havia treinado com a SWAT de Miami. Sua esposa, Tula Mello, é uma das magistradas mais influentes do Tribunal do Júri do Rio, conhecida por julgar casos emblemáticos, como o da juíza Patrícia Acioli.

A prisão de Antônio Augusto é um avanço, mas o principal suspeito, Walace Andrade de Oliveira, ligado ao CV, continua foragido. O Disque Denúncia divulgou sua imagem, oferecendo recompensa por informações 3. O caso revela a complexidade do crime organizado no Rio, onde disputas territoriais entre facções e milícias alimentam ciclos de violência. Enquanto a Core busca justiça, a morte de Marquini deixa um legado de alerta sobre os riscos enfrentados por agentes de segurança e suas famílias.

A operação reforça a urgência de políticas públicas eficazes contra o tráfico e a corrupção, mas, como destacou um investigador, “cada prisão é uma batalha vencida, não a guerra”

About Danillo Luiz

Fotógrafo, Cineasta e Repórter.

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