O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma lista com 13 testemunhas para serem ouvidas em sua defesa na denúncia relacionada à tentativa de golpe de Estado em 2022. A ação faz parte da estratégia de sua defesa no inquérito conduzido pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Testemunhas indicadas
Entre as testemunhas arroladas por Bolsonaro estão figuras políticas e militares de destaque:
- Tarcísio de Freitas: Governador de São Paulo pelo Republicanos.
- Hamilton Mourão: Senador pelo Republicanos-RS e ex-vice-presidente.
- Ciro Nogueira: Senador pelo Progressistas-PI e ex-ministro da Casa Civil.
- Rogério Marinho: Senador pelo PL-RN e ex-ministro do Desenvolvimento Regional.
- Eduardo Pazuello: Deputado federal pelo PL-RJ e ex-ministro da Saúde.
- Gilson Machado: Ex-ministro do Turismo.
- Marco Antônio Freire Gomes: Ex-comandante do Exército.
- Júlio César de Arruda: Ex-comandante do Exército.
- Carlos de Almeida Batista Júnior: Ex-comandante da Aeronáutica.
- Wagner Oliveira da Silva: Coronel.
- Renato de Lima França: Ex-subchefe de assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência.
- Jonathas Assunção Salvador: Ex-secretário-executivo da Casa Civil.
- Amaury Feres Saad: Advogado.
A defesa busca que essas testemunhas contribuam para esclarecer os fatos relacionados às acusações.
Tentativa de mudança de jurisdição
Além de indicar as testemunhas, a defesa de Bolsonaro tenta transferir o julgamento da Primeira Turma do STF para o plenário completo da Corte. Contudo, a tendência é que essa solicitação não seja atendida, mantendo o caso sob a responsabilidade da Primeira Turma.
Contexto da denúncia
Bolsonaro é acusado pela PGR de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que culminaram na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. As investigações apontam para a existência de um plano que visava impedir a posse do presidente eleito, envolvendo militares e civis.
Próximos passos
O STF analisará a denúncia e decidirá sobre o recebimento ou não das acusações. Caso a denúncia seja aceita, as testemunhas indicadas poderão ser convocadas para depor, contribuindo para o andamento do processo.
A defesa de Bolsonaro espera que os depoimentos auxiliem na construção de sua tese e na busca por uma decisão favorável no âmbito judicial.