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Um conflito banal por uma vaga de estacionamento culminou em tragédia na quadra 408 de Samambaia Norte, no Distrito Federal. Francisco Evaldo Moura, 56 anos, suspeito de assassinar o vizinho Adriano de Jesus, 50, após uma discussão, entregou-se à 26ª Delegacia de Polícia na manhã desta sexta-feira (7/2) . O crime, ocorrido na quinta-feira (6/2), chocou a comunidade e expôs tensões latentes entre os moradores.
O assassinato ocorreu após o filho de Adriano, Gabriel Ferreira, 20, estacionar um Fiat Bravo em uma vaga pública próxima à residência de Francisco, local que o comerciante costumava utilizar. Câmeras de segurança registraram o início da discussão, que rapidamente escalou para violência. Francisco sacou uma arma e efetuou seis disparos, quatro dos quais atingiram Adriano no pescoço e no tórax, causando sua morte instantânea. Gabriel escapou ileso .
Adriano, conhecido na região como “Tio Adriano”, era proprietário de uma empresa de transporte escolar, e figura querida na comunidade. Ele evitava confrontos e chegou a cogitar mudar de casa devido aos constantes desentendimentos com Francisco, descrito por vizinhos como “pouco amigável” e propenso a conflitos por questões como barulho e uso de espaços públicos . Testemunhas relataram que o suspeito agia como “dono da rua”, impedindo que moradores estacionassem perto de sua residência, mesmo em áreas públicas .
A arma utilizada no crime era ilegal, conforme apurou a polícia. Francisco não tinha registro ou permissão para portá-la, e o artefato ainda não foi localizado . Após o crime, ele fugiu do local, mas optou por se entregar um dia depois, pressionado pela investigação em andamento. O caso será enquadrado como homicídio qualificado e porte ilegal de arma .
A morte de Adriano deixou a comunidade em luto. Familiares e amigos se reuniram em frente à casa da vítima, enquanto clientes da lamentaram a perda nas redes sociais, destacando seu profissionalismo e gentileza . O crime também reacendeu debates sobre a violência por motivos fúteis no DF, onde casos semelhantes já ocorreram, como o de um homem esfaqueado por advertir sobre a quantidade de água em um suco .
A tragédia em Samambaia expõe a fragilidade das relações de convivência em meio a conflitos cotidianos mal resolvidos. Enquanto Francisco aguarda julgamento, a comunidade clama por justiça e reflete sobre a necessidade de mediação de disputas antes que escalem para violência. Como destacou um morador: “Nunca esperamos isso de quem vive ao nosso lado há anos” . O caso segue sob investigação da 26ª DP, que busca detalhes sobre a origem da arma e o histórico do suspeito.
