Censo 2022: 333 mil casas já foram visitadas no DF; houve 12 casos de assédio contra recenseadores?

Segundo IBGE, desde 1º de agosto, cerca de 989 mil moradores da capital forneceram dados para pesquisa. Além dos casos de assédio, cinco aparelhos de coleta foram furtados.

Os recenseadores que coletam os dados para a pesquisa do Censo Demográfico de 2022 já passaram por 333 mil residências no Distrito Federal, entre o início da pesquisa, em 1º de agosto, e esta segunda-feira (29). As informações do primeiro balanço do estudo foram divulgados nesta manhã.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número representa cerca de 30% do total de lares previstos para coleta na capital. Ao todo, 989.970 pessoas forneceram informações para pesquisa.

Desde o início da coleta de dados do censo, em 1º de agosto, 12 casos de assédio foram registrados pelo IBGE. Desse total, nove resultaram em ocorrências policiais. No entanto, o instituto não forneceu mais detalhes. Além disso, cinco aparelhos de coleta foram furtados.

O censo promove um levantamento de dados sobre a população brasileira, que permite traçar um perfil socioeconômico do país. A pesquisa é realizada a cada 10 anos pelo IBGE, porém, está atrasada há dois anos por conta da pandemia de Covid-19 e por cortes no orçamento do governo federal.

Dados coletados

Recenseador coleta dados de morador — Foto: DIRCEU PORTUGAL/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Os recenseadores realizaram mais de 311 mil questionários básicos, o que representa 93,6% do total aplicado, enquanto 5% responderam ao questionário ampliado, que aumenta o número de perguntas, de 26 para 77. Segundo o IBGE, o tempo médio da entrevista é de sete minutos.

Na capital, o índice de recusa em responder ao censo é de 3,27%, acima da média do país de 2,3%. Mesmo com a negativa, os recenseadores devem retornar às residências que não forneceram os dados solicitados.

Além disso, a instituição pode aplicar multa de dez vezes o maior salário-mínimo vigente, quando primário; e de até o dobro desse limite, quando o domicílio for reincidente.

Dos questionários aplicados, 99,4% foram feitos presencialmente, 0,4% pela internet e 0,2% por telefone. No entanto, o IBGE explica que, independente da forma de preenchimento, o recenseador fará a visita ao domicílio.

As populações indígenas e quilombolas do DF também estão sendo incluídas. Até o momento, 150 quilombolas e 2.256 indígenas já foram ouvidos, representando 0,24% da população residente na capital.

Identificação do pesquisador e perguntas

Saiba como identificar recenseadores — Foto: IBGE/Reprodução

Os recenseadores são identificados com crachá, colete e equipamento de coleta. Se houver dúvida, o morador pode checar a identidade do agente por meio do telefone 0800 721 8181 ou pela leitura de um QR Code disponibilizado na hora da pesquisa.

Caso o recenseador não encontre o morador, ele pode deixar uma folha de recado com o contato para tentar agendar a coleta. O DF tem 2.506 recenseadores nas ruas.

No Censo 2022, há dois tipos de questionário:

  • Básico

A pessoa responde a 26 perguntas. Entre elas, estão questões como identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio e mortalidade. No DF, leva em torno de 6 minutos para ser respondido, segundo o IBGE.

  • Ampliado

Já o questionário da amostra, com 77 perguntas, além das perguntas básicas busca saber sobre trabalho, rendimento, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo. A modalidade leva cerca de 18 minutos para ser respondido, de acordo com a média feita na capital.

Fonte: G1 DF

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