Novas exposições no Museu Nacional reforçam opções de passeios nas férias

A holandesa Janet Vollebregt e a brasiliense Azul Rodrigues apresentam trabalhos inéditos que refletem sobre sentimentos, equilíbrio e cura.

Duas mulheres artistas de gerações e linguagens próprias ocupam o Museu Nacional da República com exposições inéditas que investigam sentimentos e emoções. Holandesa residente na Chapada dos Veadeiros, Janet Vollebregt exibe 30 obras em “Esférica”, enquanto a brasiliense Azul Rodrigues exibe “120 córneas e meridianos imaginários”, tornando-se, assim, uma das mais jovens criadoras a expor no espaço cultural, gestado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec).

A exposição “120 córneas e meridianos imaginários”, no Museu Nacional, é a primeira mostra individual da artista brasiliense Azul Rodrigues, de 23 anos | Fotos: Divulgação

“Vamos receber também o trabalho de Azul Rodrigues, cuja exposição é um incentivo à produção local, para a gente se abrir para uma artista em começo de trajetória”Sara Seilert, gerente do Museu da República

As exposições, abertas na sexta-feira (8), representam uma opção de passeio cultural em uma programação de férias. “Receber o trabalho de Janet Vollebregt nesse momento de retomada do convívio social é uma oportunidade de refletir sobre a sensibilidade, a atenção, o acolhimento e o cuidado. Pelo olhar de Janet, o museu oferece um espaço para se pensar sobre cura e nutrir a esperança por tempos melhores”, adianta Sara Seilert, gerente do Museu da República.

“Vamos receber também o trabalho de Azul Rodrigues, cuja exposição é um incentivo à produção local, para a gente se abrir para uma artista em começo de trajetória. É o Museu da República abrindo espaço para uma produção ultracontemporânea”, explica.

Em um conjunto de mais de 30 trabalhos, que incluem esculturas, pinturas e instalações interativas, Janet Vollebregt convida o público a refletir sobre autoconhecimento e autocura. “A energia é um componente tão importante do nosso ser e, nesse mundo em que usamos tanto a mente, nós nos esquecemos dela. Essa é minha paixão: comunicar o invisível para as pessoas se reconectarem com isso”, explica a artista.

Totem da artista holandesa Janet Vollebregt

Com esse propósito, “Esférica” combina materiais diversos, como cristais e metais, em obras que refletem sua pesquisa sobre as propriedades energéticas do ambiente construído e sua influência nas pessoas e no planeta. Nascida em Leiden, na Holanda, a artista se radicou no Brasil em 2006 e encontrou, na Chapada dos Veadeiros (GO), os materiais e o ambiente perfeitos para sua pesquisa, que reúne os conhecimentos técnicos e a experiência com arquitetura aos estudos sobre campos energéticos e processos de cura, usualmente ligados à medicina alternativa oriental.

Também se destacam as duas instalações na área externa do Museu da República: o Portal Sintonia e o Grande Piercing. A primeira produz uma vibração em 258Hz, a frequência ideal para acalmar e equilibrar, a segunda atua como um talismã de proteção e honra ao espaço museológico

Na exposição, ela apresenta experiências como a série Totens, um conjunto de esculturas em metal escovado que simbolizam diferentes captadores de energia correspondentes aos sete chakras do corpo, e a instalação Seja Consciente, onde o espectador se insere em um ambiente formado por quartzos rosa e plantas naturais, vivenciando um processo que atua diretamente nas emoções.

Também se destacam as duas instalações na área externa do Museu da República: o Portal Sintonia e o Grande Piercing. Enquanto a primeira produz uma vibração em 258Hz, a frequência ideal para acalmar e equilibrar, a segunda funciona como uma joia que embeleza a passarela de concreto projetada por Oscar Niemeyer e atua como um talismã de proteção e honra ao espaço museológico.

Com 23 anos de idade, Azul Rodrigues reúne, em “120 córneas e meridianos imaginários”, 60 desenhos e vídeo-performances inéditos, onde expande sua experimentação em representações de rostos, a partir de estudos de observação e exercícios de autorretrato.

“O Museu da República tem uma importância na minha vida, para além da exposição, porque ele serviu como um pilar, um guia na minha educação artística e na minha cidadania enquanto brasiliense. E agora posso experienciar esse carinho em outra esfera, que é o museu me dando essa primeira oportunidade, me maternando, e acho isso incrível.”

Fonte: Agência Brasília

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