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A Defesa Civil de São Paulo acionou sirenes de alerta máximo neste sábado (19/04) no morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá (SP), após chuvas torrenciais que acumularam o equivalente a um mês de precipitação em apenas seis horas. Moradores foram orientados a evacuar imediatamente para a Escola Municipal Sérgio Pereira, enquanto alagamentos e deslizamentos já causavam estragos em municípios vizinhos do ABC Paulista.
Crise no Litoral Paulista
- Chuva Extrema: Guarujá registrou 108 mm de chuva em seis horas, volume previsto para todo o mês de abril. Em Balneário Pernambuco, o acumulado chegou a 110 mm, provocando transbordamento de córregos e interdição de vias.
- Evacuações Emergenciais: A sirene remota foi ativada para alertar moradores do morro da Barreira do João Guarda, área de alto risco. Dez residências foram interditadas, e 54 pessoas deslocadas — 14 alojadas na escola municipal e 40 em casas de parentes.
Impactos na Região do ABC
As chuvas não pouparam cidades vizinhas:
- Diadema: Acumulou 84 mm em duas horas, causando o transbordamento do córrego Ribeirão Capela e alagamentos na Avenida São José, onde água invadiu estabelecimentos e arrastou motocicletas.
- Santo André: Registrou 79 mm, equivalente a 22 dias de chuva, com vias alagadas e equipes de limpeza em ação. Em Mauá, deslizamentos próximos a uma escola infantil e uma residência foram monitorados, sem vítimas.
- São Bernardo do Campo: O bairro Pauliceia enfrentou inundações, enquanto São Caetano do Sul mobilizou serviços de emergência para desobstruir ruas.
Contexto de Alerta
Esta não é a primeira vez que Guarujá enfrenta emergências em 2025. Em fevereiro, um temporal anterior havia provocado seis deslizamentos e a interdição de dez moradias, com sirenes acionadas duas vezes em três dias. A Defesa Civil estadual destacou a vulnerabilidade crônica de áreas de encosta, reforçando a necessidade de evacuações preventivas.
A combinação de chuvas históricas e infraestrutura frágil expõe riscos recorrentes no litoral e no ABC Paulista. Enquanto Guarujá lida com deslizamentos, cidades como Diadema e Santo André enfrentam alagamentos que paralisam a rotina. A Defesa Civil reforça a importância de sistemas de alerta, mas, como destacaram moradores, “sirenes salvam vidas, mas não resolvem a falta de planejamento urbano”.
O cenário exige não apenas respostas emergenciais, mas políticas de longo prazo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Enquanto isso, a população segue na corda bamba entre a força da natureza e a esperança por soluções duradouras.
