A deposição do presidente sírio Bashar al-Assad, ocorrida em 8 de dezembro de 2024, após uma ofensiva relâmpago de grupos rebeldes liderados por islamitas, encerrou uma dinastia de mais de 50 anos no poder. Com a queda do regime, a comunidade internacional enfrenta o desafio de reconhecer ou não um governo de transição que inclui grupos anteriormente classificados como terroristas.
O grupo que assumiu o poder na Síria libertou milhares de prisioneiros políticos, enquanto refugiados formaram filas nas fronteiras para retornar ao país. No entanto, a presença de facções islamitas no novo governo gera preocupações sobre a estabilidade e a direção política da Síria.
Líderes mundiais expressaram cautela em relação ao reconhecimento do novo governo. O presidente francês, Emmanuel Macron, destacou a necessidade de uma transição democrática inclusiva, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfatizou a importância de combater o extremismo na região. A União Europeia e a ONU também pediram prudência, ressaltando a importância de um governo que represente todos os segmentos da sociedade síria.
A queda de Assad, que governou a Síria por 24 anos, representa uma mudança significativa no cenário político do Oriente Médio. Analistas apontam que a inclusão de grupos islamitas no governo de transição pode dificultar o reconhecimento internacional e a normalização das relações diplomáticas. Além disso, há preocupações sobre a proteção de minorias e o respeito aos direitos humanos sob a nova administração.
A comunidade internacional enfrenta um dilema: apoiar um governo de transição que inclui grupos com histórico de extremismo ou arriscar a instabilidade contínua na Síria. As próximas semanas serão cruciais para determinar o futuro político do país e a postura da comunidade internacional em relação ao novo governo.