Moraes abre novos inquéritos para investigar participações em atos extremistas

Com novos inquéritos, já são sete investigações abertas para apurar responsáveis pelos atos extremistas de 8 de janeiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (23) a abertura de mais três inquéritos para apurar a participação de envolvidos nos atos extremistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Ao todo, são sete inquéritos abertos na Corte com esse propósito. (Veja os detalhes mais abaixo).

As solicitações têm o objetivo de identificar os financiadores, os executores e os autores intelectuais da invasão e depredação das sedes dos três poderes. A decisão atende a pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Após os ataques, mais de 1.400 pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento nos atos de vandalismo. Dessas, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva (sem prazo para acabar) e 464 conseguiram liberdade provisória, por meio de medidas cautelares, e vão poder responder ao processo em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica.

Ao todo, são sete inquéritos para apurar os atos de vandalismo em Brasília:

– 4917, 4918, 4919: contra os deputados André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP) por suposta incitação nos atos de 8 de Janeiro;
– 49204921, 4922: apura a participação de financiadores, executores e autores intelectuais dos ataques;
– 4923: investiga responsabilidades de autoridades nos atos de vandalismo. Nesse inquérito estão incluídos o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, e o ex-secretário de Segurança Anderson Torres.

Danos milionários

Os prejuízos causados ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF chegam a R$ 18,5 milhões, segundo estimativas apresentadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) em pedido para bloquear a quantia de quem financiou os atos de vandalismo. A solicitação foi feita nesta quinta-feira (19) à Justiça no Distrito Federal.

invasão dos prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto por extremistas neste domingo (8) em Brasília deixou um rastro de destruição no patrimônio público e em obras de artes. Uma delas foi o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, que foi rasgado em seis lugares.

A obra, de 1962, ficava no terceiro andar do Palácio do Planalto. Avaliada entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, a tela é uma das mais importantes do artista que foi um dos ícones do Movimento Modernista da década de 1920
Instalada na frente do STF, A Justiça é uma das esculturas mais icônicas de Brasília.  O monumento, criado em 1961 por Alfredo Ceschiatti, representa uma mulher, sentada e vendada, segurando uma espada. A obra foi pichada com a frase ‘Perdeu, mané’
Escultura de bronze criada pelo artista Bruno Giorgi, O Flautista foi encontrado em pedaços no salão do terceiro andar do Palácio do Planalto. A obra era avaliada em R$ 250 mil. Na foto, uma escultura da mesma série do artista

Confira os prejuízos calculados:

• Palácio do Planalto: R$ 7.978.773,07
• Câmara dos Deputados: R$ 1.102.058,18
• Senado: R$ 3.500.000,00
• Supremo Tribunal Federal: R$ 5.923.000,00
TOTAL: R$ 18.503.831,25

Alguns danos, como os causados a obras de arte e a presentes de chefes de Estado, são incalculáveis.

Fonte: R7 DF

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