O corpo do Papa Francisco, que faleceu na última segunda-feira (21), passou por um processo de embalsamento moderno para ser velado publicamente antes do funeral, marcado para este sábado (26) no Vaticano. A técnica utilizada, diferente dos métodos tradicionais, visa preservar a integridade física do pontífice durante os dias de homenagens, enquanto fiéis de todo o mundo se preparam para a despedida.

Segundo fontes do Vaticano ouvidas pelo O Globo, o procedimento foi realizado por uma equipe especializada em tanatopraxia avançada, combinando métodos científicos e cuidados estéticos para manter uma aparência serena e natural. Ao contrário do embalsamento convencional – que envolve a substituição de fluidos corporais por substâncias conservantes –, a técnica aplicada no Papa incluiu refrigeração controlada e compostos menos invasivos, reduzindo alterações físicas durante o período de exposição.
A Santa Sé ainda não divulgou detalhes completos sobre o processo, mas especialistas consultados pelo jornal explicaram que a escolha por um método moderno visa tanto à preservação quanto ao respeito à vontade do próprio Francisco, conhecido por sua simplicidade. Seu corpo será velado na Basílica de São Pedro a partir de quinta-feira (24), com acesso permitido ao público até a manhã de sábado, quando ocorrerá a cerimônia funeral.
Autoridades do Vaticano também confirmaram que o ritual seguirá as tradições católicas, incluindo a missa de corpo presente e o sepultamento nas Grutas Vaticanas, local onde repousam outros papas. A expectativa é que milhões de pessoas acompanhem os eventos, seja presencialmente ou por transmissões globais.
Enquanto o mundo se prepara para a despedida do primeiro papa latino-americano, o cuidado com seu embalsamento reflete a busca por equilibrar inovação e tradição. O funeral não apenas marcará o fim de um dos pontificados mais influentes da história recente, mas também simbolizará a transição para um novo capítulo na Igreja Católica. A comoção global demonstra o legado de Francisco, que ultrapassou fronteiras religiosas e deixou uma marca de diálogo e reformismo.