Durante a 29ª Conferência das Partes (COP29) em Baku, Azerbaijão, a ativista indígena Alessandra Korap Munduruku expressou insatisfação com os resultados do evento, destacando a ausência de ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas. Ela afirmou que houve “muito discurso” e que os recursos aprovados são insuficientes para atender às necessidades globais.
Alessandra enfatizou a importância de ouvir as populações diretamente afetadas pelas mudanças climáticas, como os povos indígenas, que observam de perto os impactos ambientais em seus territórios. Ela criticou a postura de negacionismo em relação às tragédias ambientais e ressaltou que a luta indígena visa preservar não apenas seus territórios, mas o planeta como um todo.
A ativista também mencionou a contradição entre o discurso climático do governo brasileiro na COP29 e a promoção de projetos como a Ferrogrão, que, segundo ela, impactam negativamente a Amazônia e a vida dos povos tradicionais.
Alessandra Korap Munduruku é uma liderança reconhecida internacionalmente por sua atuação em defesa dos direitos indígenas e do meio ambiente, tendo recebido o Prêmio Goldman de Meio Ambiente em 2023.
Sua participação na COP29 reforça a necessidade de ações efetivas e inclusivas nas políticas climáticas globais, especialmente considerando a realização da COP30 em Belém, Pará, em 2025, onde lideranças indígenas buscam maior protagonismo, incluindo a co-presidência do evento.