O Censo Escolar 2024, divulgado recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aponta que, pelo terceiro ano seguido, a maioria dos professores das redes estaduais de ensino no Brasil é composta por profissionais contratados temporariamente. Dos 690.406 docentes ativos, 51,6% possuem contratos temporários, enquanto 46,5% são efetivos.

Essa tendência de contratações temporárias levanta preocupações entre especialistas em educação. Eles alertam que a falta de estabilidade e de planos de carreira para esses profissionais pode afetar negativamente a qualidade do ensino, comprometendo o vínculo entre professores e alunos e dificultando a continuidade pedagógica.
Além disso, o Censo Escolar 2024 revelou um aumento de 12% nas matrículas do ensino médio integral nas escolas públicas, com 163 mil novos estudantes nessa modalidade. Contudo, estados como São Paulo apresentaram uma redução de 2% nas matrículas do ensino médio integral, evidenciando disparidades regionais no acesso a essa modalidade de ensino.
A predominância de contratos temporários e as variações nas matrículas do ensino integral destacam desafios significativos para a educação pública brasileira, ressaltando a necessidade de políticas que promovam a valorização e a estabilidade dos profissionais da educação, bem como a expansão equitativa do ensino em tempo integral.