O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que a possível apreensão do passaporte de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), tem como objetivo criar constrangimento. A declaração foi feita após deputados do PT apresentarem uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Eduardo, acusando-o de conspiração nos Estados Unidos e solicitando a apreensão de seu passaporte.

Acusações contra Eduardo Bolsonaro
A representação dos deputados petistas alega que Eduardo Bolsonaro cometeu crimes contra a soberania nacional ao participar de reuniões nos EUA que teriam discutido estratégias para desestabilizar o governo brasileiro. Além disso, os parlamentares solicitam ao STF a apreensão do passaporte de Eduardo para impedir eventuais ações ilícitas no exterior.
Posicionamento de Jair Bolsonaro
Em resposta, Jair Bolsonaro classificou o pedido de apreensão do passaporte de seu filho como uma tentativa de constrangimento. O ex-presidente destacou que medidas semelhantes já foram adotadas contra ele próprio, quando teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investigava suposta tentativa de golpe de Estado.
Contexto das investigações
As investigações envolvendo membros da família Bolsonaro e aliados próximos têm se intensificado desde os ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Eduardo Bolsonaro é acusado de participar de articulações internacionais que visariam desestabilizar o governo democraticamente eleito.
O STF ainda não se manifestou sobre o pedido de apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi acionada para emitir um parecer sobre a investigação do deputado federal.