O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou decepção com os resultados da 29ª Conferência das Partes (COP29), realizada em Baku, Azerbaijão. Guterres apontou a falta de ambição tanto nas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa quanto na definição de um valor mais expressivo para apoiar países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas.
Durante as negociações, os países concordaram em oferecer US$ 300 bilhões anuais para ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Esse valor, embora superior aos US$ 250 bilhões inicialmente propostos, está aquém dos US$ 1,3 trilhão solicitados por nações em desenvolvimento. O acordo sugere que os países devem alcançar, ao menos, US$ 1,3 trilhão até 2035, mas não detalha como esse montante será arrecadado, seja por doações, empréstimos ou investimentos privados.
Guterres enfatizou que esperava um resultado mais ambicioso e instou os governos a verem o acordo como uma base para avanços futuros. Ele destacou a necessidade de que os compromissos sejam cumpridos por completo e em tempo hábil, convocando todos os países a se unirem para alcançar os objetivos estabelecidos.
O chefe da ONU para o Clima, Simon Stiell, também expressou insatisfação, afirmando que não é o momento de celebrar, pois nenhum país conseguiu o que desejava, e há muito trabalho a ser feito. O resultado do acordo foi recebido com decepção por entidades ambientais e países em desenvolvimento. Representantes da Índia, Bolívia e Nigéria criticaram o valor acordado, considerando-o insuficiente para enfrentar os desafios climáticos.
A ativista Greta Thunberg também se manifestou, classificando o rascunho atual como um completo desastre. Guterres instou os países a desenvolverem novos planos de ação climática antes da COP30, que será realizada em Belém, Pará, em novembro de 2025.
A COP29 reuniu governos, diplomatas, cientistas e membros da sociedade civil para debater soluções para a crise climática. O valor de US$ 300 bilhões foi US$ 50 bilhões maior do que o proposto no rascunho inicial, mas ainda distante do solicitado por países em desenvolvimento. A cúpula, que deveria ter sido encerrada na sexta-feira (22), foi prorrogada para que negociadores de quase 200 países tentassem chegar a um acordo sobre o plano de financiamento climático para a próxima década.
O acordo final compromete os países desenvolvidos com o pagamento de pelo menos US$ 300 bilhões anuais até 2035 para ajudar os países menos desenvolvidos a tornar suas economias mais sustentáveis e se prepararem para desastres climáticos.
As nações mais vulneráveis às mudanças climáticas chamaram o acordo de “ofensa”, alegando que ele não forneceu o volume necessário de recursos. Inicialmente, a proposta era de US$ 250 bilhões por ano, e os países em desenvolvimento defendiam uma meta de US$ 1,3 trilhão anuais para financiar as ações. O novo acordo substituirá os US$ 100 bilhões anuais previstos para o período 2020-2025.
O comentário de Guterres foi em relação às metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, assim como sobre a definição de um valor mais expressivo para apoiar países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou a falta de ambição da COP29 tanto nas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa quanto na definição de um valor mais expressivo para apoiar países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas.
O secretário-geral da ONU instou ainda os países a desenvolverem novos planos de ação climática para toda a economia muito antes da COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.